Já estávamos com saudades do
Papá, que voltou a viajar para Moçambique, 10 dias que custaram a passar, ainda para mais porque houve uma situação, ou melhor um verdadeiro pesadelo no dia em que deixámos o
Pai no aeroporto... Íamos os dois a cantar de regresso a casa, quando de repente deixo de ouvir o Vicente, chamo-o e não responde, quando olho está
completamente apático e sem respirar! 20:30h, páro de imediato o carro em plena
Crel e com o coração a saltar de susto tiro-o da cadeira auto, o Vicente sem
reacção, sem respirar, com os olhos fixos e a boca a ficar roxa! Entrei
literalmente em pânico, tentei reanimá-lo, vou buscar o telemóvel e marco de imediato
o 112, rápidos no atendimento, orientaram-me e pela descrição que fiz, ainda que
super nervosa e sempre e pedir que enviassem de imediato uma ambulância,
ajudaram-me e passado algum tempo a minha
estrelinha começa a respirar e fica muito calmo a olhar para mim e solta um “Mamã…”
voltei à terra nesse momento e aí tentei manter-me o mais calma possível, não
consegui… Explicaram-me que o Vicente teve uma convulsão febril e que não tardasse
o INEM chegaria. Chegou 17m depois juntamente com uma ambulância… Achei muito
tempo e questionei o porquê da demora, ainda para mais vinham em sentido
contrário. Entretanto liguei aos meus pais, que chegaram em 5m. O médico do
INEM confirmou a situação, convulsão febril que acontece em crianças saudáveis
entre os 2 e 5 anos de idade, sem qualquer motivo aparente. Não lhe deram nada
para baixar a febre e perguntei se o iam levar ao hospital para ser examinado e
fazer análises, a resposta foi clara “vai apenas ser observado, uma vez que já
não se encontra em estado de convulsão” muito bem, não dei autorização para ser
levado ao hospital Amadora-Sintra e leveio-o eu mesma ao Hospital dos Lusíadas,
onde nasceu e é acompanhado. Lá, fui atendida de imediato e deram logo o xarope
para baixar a febre ao Vicente, fizeram análises para despiste de alguma
infecção e acusa uma amigdalite bacteriana, esse foi o motivo do aperecimento e
subida repentina da temperatura que causou a convulsão. Medicado e já estável,
voltei para casa com a estrelinha da minha vida e tentei deixar para trás o maior susto que apanhei.
Explicaram-me que esta situação pode repetir-se como nunca mais voltar a acontecer,
de qualquer forma, uma vez sucedida, está sempre na mochila do Vicente, um
clister que se aplica em caso de S.O.S para baixar de imediato a febre e parar
a convulsão, foi-me explicado também que estas convulsões duram à volta de 4m e
depois tudo volta ao normal. Deve deitar-se a criança de lado, para evitar que
se engasgue, despi-la para baixar a temperatura e colocar um supositório, de
qualquer forma, tendo este clister, podemos por de imediato e não aguardar os
4m, que para mim foram uma eternidade, sozinha na estrada, à noite com o meu
filho nos braços sem qualquer reacção…
Nos 3 dias seguintes tive que estar sempre atenta à temperatura, pois não convinha que chegasse aos 34/35
felizmente, não voltou a ter febre!
Eu, na altura grávida de 22 semanas, tive alguns dias com dores na zona abaixo da barriga, os
nervos provocaram algum desconforto, mas nada mais e está tudo bem com a
Benedita! Outra boa notícia, é que nas análises do 2º trimestre não acusou
diabetes yeeeeeh fiquei verdadeiramente feliz, continuo com o brinde do
hipotiroidísmo, mas controlado!
Pelo facto de termos andado uns
dias sempre a tirar a febre, o Vicente depois queria sempre pegar no termómetro
para ver como estava, então compei uma mala de médico para ele brincar,
adorou! Não sai de casa sem ela e examina toda a gente, ausculta, vê os ouvidos,
a boca e tira a febre. Faz tudo direitinho e o paciente mais assíduo é o
Merlin, o máximo, deixa o Vicente fazer-lhe tudo, este meu 4 patas é um mimo!
Nos dias que se seguiram estive
sempre muito atenta e apreensiva com o Vicente, mas devagarinho este pesadelo passou
e voltaram os dias descontraídos! O Pai regressou, passámos o aniversário dele
juntos e logo depois a Páscoa. Fomos passar esses dias à terra do meu pai em Ponte
de Sôr, e entre as brincadeiras com os primos, a caça aos ovos e andar na terra
pela sombra das oliveiras, fez maravilhas! Foi muito bom mesmo! Adoramos estar no
Alentejo com a família J
O Vicente de vez em quando já vai
falando na mana, sem que ninguém puxe o assunto. Comprei um livro do rato
Renato, que fala da mana pequenina e ele adorou! Já voltou a usar o bacio e
houve outra novidade, comprámos uma cama nova e ficou tão contente!
Tudo está bem quando corre bem!